Sociologia do Estado e do Poder
Sociologia e Antropologia do Estado |
Optativa |
Carga Horária: 45h |
Ementa: A imaginação sociológica e antropológico além do “Estado”. Troca, guerra e contra-Estado. Margens do estado. Gênero e estado. Democracia e reciprocidade. Mercado de proteção. Pacificação e tutela. Colonização, terror e estado. Prisão e justiça. |
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Objetivo Geral: A disciplina tem por objetivo apresentar alguns estudos e teorias antropológicas e sociológicas contemporâneas dedicadas ao “Estado”. Daremos atenção a etnografias e análises micropolíticas que, nos últimos 50 anos, possibilitaram pensar e perspectivar esse “objeto” em sua pluralidade e diversidade, como efeito de práticas situadas, ou seja, como algo “feito” através de relações de conhecimento, poder e afeto. A disciplina incluirá produções de diferentes lugares do planeta e de distintos campos da antropologia e da sociologia – como a etnologia, a antropologia (da) política, os estudos urbanos, os estudos de gênero e de raça/etnia/nação, e os estudos pós-coloniais. A disciplina também buscará dialogar com os interesses de formação e pesquisa de estudantes. |
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Objetivos Específicos: 1. Exercitar o pensamento socioantropológico fora de perspectivas normativas estatais. 2. Discutir como a etnografia colabora para a compreensão situada das formas de existência dos estados. 3. Discutir como a micropolítica colabora na compreensão de relações de força e conhecimento que fazem os estados. 4. Conhecer estudos antropológicos e sociológicos consagrados no debate acadêmico sobre estado. |
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BIBILIOGRAFIA: CLASTRES, Pierre. “Troca e poder: filosofia da chefia indígena”. A sociedade contra o estado: investigações de antropologia política. Porto: Edições Afrontamento, 1979. BARBOSA, Antônio Rafael. “3. A favela” (item “A grande irmandade”) “4. Prisão”, “Conclusão”. Um abraço para todos os amigos: algumas considerações sobre o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Niterói: EDUFF, 1998. SERJE, Margarita. “El mito de la ausencia del Estado: la incorporación económica de las ‘zonas de frontera’ em Colombia”. Cahiers des Amériques latines, n. 71, 2013. Disponível em: http://cal.revues.org/2679. VIANNA, Adriana; LOWENKRON, Laura. “O duplo fazer do gênero e do Estado: interconexões, materialidades e linguagens”. Cadernos Pagu, n. 51, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/18094449201700510000. EFREM FILHO, Roberto. “Os Meninos de Rosa: sobre vítimas e algozes, crime e violência”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 51, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/18094449201700510006. WHYTE, William Foote. Sociedade de esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada. Rio de Janeiro, RJ: J. ZAHAR, 2005. RODRIGUES, Fernando de Jesus. “Mercados ilícitos, ambivalências e agressividade: condições estatais e mercantis de um circuito de bailes de reggae em periferias de Maceió, AL”. Contemporânea - revista de sociologia da UFSCar, v. 9, p. 199-227, 2019. http://dx.doi.org/10.4322/2316-1329.088. FOUCAULT, Michel. “A ostentação dos suplícios”. Vigiar e Punir: o nascimento da prisão. Petrópolis/RJ: Vozes, 1987. FOUCAULT, Michel. “II. A hipótese repressiva (1. A incitação aos discursos)”; “V. Direito de morte e poder sobre a vida”. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 2003. FANON, Franz. “Da violência”. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Zahar, 2022. PACHECO DE OLIVEIRA, João. “Pacificação e tutela militar na gestão de populações e territórios”. Mana, v. 20, n. 1, pp. 125-161, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104- 93132014000100005. MALLART, Fábio. “Subterrâneos”. Findas linhas: circulações e confinamentos pelos subterrâneos de São Paulo. Lisboa: Etnográfica Press, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.4000/books.etnograficapress.7497 . |
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